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LICÍNIO ANTONIO DE ANDRADE

LICÍNIO ANTONIO DE ANDRADE – Licínio Antônio de Andrade, nasceu em Juiz de Fora – MG, em 13/07/1927. Filho de Arnaldo Arnaldino de Andrade – militar e Maria Amélia Lanza de Andrade, filha de imigrantes italianos. Casou-se com Maria Therezinha Lopes de Andrade – falecida – que lhe deu uma filha maravilhosa – Míriam Thereza e, posteriormente duas lindas netas: Mariana e Isabela, todas com formação superior. Ingressou na UBT/Juiz de Fora em 1983, tendo em seu acervo 153 troféus e medalhas, conquistadas em concursos de âmbito nacional e local. Aposentado da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, onde trabalhou por 30 anos, 20 dos quais em função de confiança. Durante sua longa trajetória exerceu várias atividades como: ator de teatro, cantor de rádio, vocalista de orquestra, artista plástico e jogador profissional de futebol.

No caminho tão sofrido
por Cristo, levando a cruz, (4º lugar em Caicó/RN em 2011)
ficava o sangue escorrido,
como pegadas de luz.

Tudo o que é belo no mundo (14º lugar em Natal/RN em 2010)
vem da inspiração de Deus,
como o azul meigo e profundo
que vejo nos olhos seus.

Nenhum gingado ela tem,
de beleza não tem nada...
Minha sogra é um frankenstein (4º lugar em Maranguape - 2012)
numa versão piorada!

Quase entrou em parafuso, (1º lugar em Nova Friburgo - 2003)
releu, para ter certeza,
o telegrama do luso:
“Chego amanhã, de surpresa...”

Minha avó, quanta saudade...
quando via o céu cinzento
dizia com propriedade:
- É sinal de chuva ou vento!

Desse amor tão doce e bom
que juraste na partida,
guardo o gosto do batom
do beijo da despedida.

Das pedras do meu caminho,
da poeira, dos cansaços,
me esqueço com seu carinho
e o aconchego dos seus braços.

Na ponte que atravessamos
com destino a eternidade,
nas pegadas nós deixamos
os resquícios da saudade.

Aquele beijo roubado,
nós dois, crianças então,
é um segredo bem guardado
trancado em meu coração.

Do nosso encontro guardei
como um singelo troféu,
o beijo que eu lhe roubei
sob as estrelas do céu.

Um país alvissareiro
de uma beleza sem par,
nosso Brasil brasileiro
em verso quero exaltar.

Seus olhos azuis, sorrindo,
brincando com meu olhar,
refletem num sonho lindo
toda a beleza do mar.

Dos amigos muitos se queixam
pela falta de atenção
mas, só os verdadeiros deixam
pegadas no coração.

Dói muito dentro da gente
e até nos causa arrepio,
ver a criança carente
diante de um prato vazio.

Na Igreja de São José,
o terço nas mãos rezando,
minha mãe, cheia de fé,
com Deus está conversando.

Vendo o touro “avantajado”
junto a cerca de taquara,
diz a vaca: - seu tarado
não vale salto com vara.

Seus olhos meigos, castanhos,
são dois lagos de ternura
onde os sonhos tomam banhos
e se cobrem de ventura!

Por mais que lhe pese a cruz
dê alento ao seu coração,
a esperança é como a luz
que põe fim à escuridão.

Quem pensa que liberdade
é não ter grades na frente,
se engana, pois, na verdade,
ela está dentro da gente!

O remorso é um sentimento
que só nos deixa infeliz,
pois o erro de um momento
não se apaga como o giz.

Pudesse o luar, um dia,
por acaso se mudar,
com certeza o encontraria
morando em seu olhar.

Se é por vontade divina
a boa semente medra
e, por milagre, germina,
em qualquer fenda de pedra.

Quem o cigarro fascina
e, deles abusa, sem medos,
esquece a brasa assassina
que carrega entre seus dedos!

LICÍNIO ANTONIO DE ANDRADE
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