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DULCÍDIO DE BARROS MOREIRA SOBRINHO

DULCÍDIO DE BARROS MOREIRA SOBRINHO - Natural do Rio de Janeiro, nasceu em 10/02/01942. Em 1956 mudou-se para Juiz de Fora, onde concluiu os cursos ginasial e científico no Instituto Granbery. Em 1966 tornou-se engenheiro civil e eletrotécnico pela Escola de Engenharia da Universidade Federal de Juiz de Fora. Exerceu suas atividades profissionais até 2010, quando se aposentou. Casado com Márcia Jaber desde 1967. Tem 3 filhos e 6 netos. Fixou residência em Juiz de Fora. Participou ativamente do NUME – Núcleo Mineiro de Escritores em Juiz de Fora no período de 1964 a 1972. Faz parte do livro de Aparício Fernandes – Trovadores do Brasil II volume. Integra, hoje, a UBT – União Brasileira de Trovadorres- Seção Juiz de Fora. E-mail d.b.moreira@hotmail.com
São as paixões num momento,
turbilhões de ventanias,
que o tempo transforma em vento
a marolar calmarias.

Com as vidas em ruínas,
vultos quase sem matéria,
desfilam pelas esquinas
na procissão da miséria.

As mães, com os filhos seus,
de amor sublime e fecundo,
têm parceria com Deus
na criação desse mundo.

A vida jamais se encerra
nos limites do planeta:
o casulo jaz na terra
quando voa a borboleta.

Quando a miséria desponta,
lá no morro a garotada,
brincando de faz de conta
tudo tem não tendo nada.

Somente o Pai não rejeita
os filhos maus e descrentes,
pois a terra está sujeita
às boas e as más sementes.

Dentre os horrores da guerra,
há perdas de muitas vidas,
só teremos paz na Terra
quando as mães forem ouvidas.

Natal, em noite serena,
no berço da cristandade,
uma criança pequena
fez maior a humanidade.

Tinha o pão de cada dia
somente pela metade:
da outra metade fazia
migalhas de caridade.

Nos embates, se não ganhas,
não desistas de lutar:
serpenteando as montanhas
é que o rio alcança o mar.

Não consigo controlar
o meu coração traquinas,
que insiste em acelerar
quando passam as meninas.

Para as tristes e más horas,
tens um fiel companheiro,
na solidão, quando choras,
quem te escuta é o travesseiro.

Quando a vejo na calçada,
lá do outro lado da rua,
minha sombra inconformada
ainda vai atrás da sua

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