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LUZIMAGDA DE MARTIN RAMOS DA FONSECA

LUZIMAGDA DE MARTIN RAMOS DA FONSECA. Natural de Juiz de Fora M G. Fez seus primeiros estudos no Ginásio Tiradentes de Matias Barbosa, diplomou-se como professora pelo Instituto Granbery em Juiz de Fora. Filha de Nilton e Maria de Lourdes em uma família de seis irmãos. Casada com Dimas Vaz de Mello é mãe de dois filhos: Guilherme e Eduardo, casados com Fabiana e Juliana. Tem três netos: André, Luana e Marina. Filiada à UBT de Juiz de Fora desde 2010.

É triste a efemeridade
da nossa pobre existência,
confundindo a humanidade,
elucidando a ciência.

Netos... são continuidade,
dos bebês que foram meus.
São bênçãos da eternidade,
presentes dados por Deus!

Não havia ali fartura,
mas tudo dava e sobrava.
No milagre da ternura,
o pão de multiplicava!

Busco fé nas horas mortas,
quando a dor me faz chorar.
Busco ter saídas, portas,
para de novo sonhar.

O que dizer da verdade
intrínseca em cada ser?
o erro, na realidade,
é nossa forma de ver

Não me joguei nos seus braços...
Meu impulso dominei...
Entre dezenas de abraços,
lamento o seu...que deixei.

Fez da mentira aliada,
no caminho que tomou
e a vida por Deus lhe dada,
em mentira se tornou.

Com um futuro risonho,
sonhei poder alcançar...
Tudo não passou de sonho.
Apenas pude sonhar!

Vi a minha mocidade,
depressa por mim passar,
deixando a tal da saudade,
ocupando o seu lugar!

Guardei comigo o rascunho...
Para mandar, digitei!
Não quis que de próprio punho,
soubesses como te amei,!

A força das minhas mágoas,
ninguém pode calcular.
É mesmo feito a das águas,
que ninguém pode parar!

Foi por minha culpa e pressa,
que o meu destino mudou.
O tempo passou depressa...
e a vida nos afastou!

Tempo perdido...eu lamento.
Você foi e não voltou.
Hoje, eu amargo o tormento,
pensando: – o vento levou...

Dei tempo ao tempo e o tempo,
impiedoso passou.
Brincando de passatempo,
nosso tempo se acabou!

Havia serenidade
no aconchego dos meus pais.
Ternura muita bondade,
que não olvido jamais!

Foi uma breve atração,
sentimento sem amor,
fogo intenso de paixão,
que provocou tanta dor!

Te amo, disseste um dia,
motivado por paixão.
Levaste minha alegria,
feriste meu coração!

Tanto olhar cruzou o meu
sem marca alguma deixar.
Bem diferente do seu,
que eu nunca pude olvidar!

Por vezes na adolescência,
por um simples,”não te ligo”,
amargamos consequência
de intenso e amargo castigo!

Não pode haver maior graça,
que ter um filho, bem sei!
Riqueza alguma ultrapassa,
este bem que eu alcancei!

Hoje, me falta a metade
de mim: minha mãe querida,
eternizada em saudade,
a razão da minha vida!

Sua imagem aparece
em todos os sonhos meus.
Acordo e se desvanece,
pois estás junto de Deus!

Este amor, outrora lindo,
deixou marcas,muita dor.
E, hoje, embora já findo,
não se tornou desamor!

Teu amor,doce quimera.
Me fez sorrir e chorar.
Tudo ficou no “quisera”!
Valeu a pena sonhar!

Não foi amor, foi paixão
que como fogo apagou.
Cremado virou carvão
E nem a cinza ficou!

LUZIMAGDA DE MARTIN RAMOS DA FONSECA
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